O que é o EEAT e como afeta o seu posicionamento no Google?

o que é eeat

O SEO mudou. Se antes o jogo era sobre encontrar palavras-chave e ajustar meta tags, hoje o Google está em uma verdadeira cruzada contra conteúdos genéricos e produzidos em massa. Nesse novo cenário, entender o que é EEAT (ou E-E-A-T) é praticamente obrigatório para quem quer continuar ranqueando bem.

Mas afinal: o que é EEAT? Ele é um fator de ranqueamento? E principalmente: o que fazer para melhorar?

O que significa EEAT?

A sigla EEAT vem do inglês: Experience, Expertise, Authoritativeness, Trustworthiness, que podemos traduzir como:

  • Experience (Experiência)
  • Expertise (Especialização)
  • Authoritativeness (Autoridade)
  • Trustworthiness (Confiabilidade)

O conceito começou apenas como EAT, mas em dezembro de 2022 o Google incluiu o primeiro “E” de Experiência, reforçando que o Google agora valoriza também a vivência real de quem produz o conteúdo.

O EEAT não é um “fator de ranqueamento técnico” como velocidade de página ou backlinks, mas é um dos principais filtros de qualidade que o Google usa ao avaliar quais conteúdos merecem estar no topo das buscas, principalmente em temas sensíveis.

Por que o EEAT é mais importante do que nunca?

Com os Core Updates recentes (Março e Outubro de 2023, Março de 2024) e o combate ao conteúdo gerado por IA, o Google deixou claro: a qualidade do conteúdo é o novo fator de sobrevivência online.

Como destaquei no artigoComo seu site pode ser encontrado, o Google está valorizando cada vez mais conteúdos originais, com voz humana, experiência real e foco no usuário.

Além disso, vivemos a era do chamado Great Decoupling, quando as impressões nas SERPs crescem, mas os cliques diminuem, devido ao aumento de AI Overviews, snippets e zero-click searches.

Resultado? Se o seu conteúdo não for confiável, autoritário e útil, ele até pode aparecer, mas não vai atrair cliques nem engajamento.

Como Criar Conteúdo Focado nas Pessoas (People-First Content)

A principal mensagem por trás do conceito de E-E-A-T é simples: o conteúdo que performa bem no Google hoje é aquele feito para pessoas, por pessoas reais e com experiência prática no assunto. O foco deixou de ser apenas atender a critérios técnicos de SEO e passou a ser criar valor genuíno para o usuário final.

Isso significa que, ao produzir um conteúdo, é essencial demonstrar experiência vivida no tema abordado, apresentando relatos próprios, opiniões baseadas em prática real ou resultados que possam ser comprovados. Um exemplo seria um guia de viagens escrito por alguém que realmente visitou o destino, ou um review de produto feito por quem de fato testou o item.

Além da experiência, entra a especialização: o autor precisa mostrar que entende o tema, seja por formação, vivência ou estudo contínuo. E esse conhecimento precisa ser transmitido com profundidade, indo além do óbvio ou da simples repetição de informações já existentes na internet.

Outro pilar é a autoridade, que se constrói ao longo do tempo, com backlinks de qualidade, menções em sites de referência, citações por especialistas e sinais de reputação positiva em outras plataformas. Por fim, a confiabilidade é reforçada com práticas como incluir fontes confiáveis, manter o conteúdo atualizado, ter políticas editoriais claras e garantir a segurança técnica do site.

Na prática, criar conteúdo focado em pessoas envolve algumas mudanças de mentalidade:

  • Escreva com voz autêntica
  • Priorize qualidade em vez de quantidade
  • Cite fontes reais e inclua dados concretos
  • Atualize artigos regularmente para manter a relevância
  • Traga insights que só quem tem experiência pode oferecer

Esse modelo de produção, conhecido como People-First Content, é o caminho mais sustentável para quem quer proteger seu tráfego orgânico das oscilações de algoritmo e construir uma presença digital de longo prazo.

Fonte: Backlinko – Google EEAT.

Exemplos reais de sites com alto EEAT

Vários grandes sites são citados pela comunidade SEO como benchmarks em EEAT:

Healthline (Saúde)

  • Autores com formação médica
  • Revisão por especialistas
  • Fontes científicas em todos os artigos

HubSpot (Marketing Digital)

  • Autores identificáveis com LinkedIn e histórico na área
  • Casos práticos e dados de mercado
  • Conteúdo profundo e original

NerdWallet (Finanças)

  • Especialistas financeiros como autores
  • Revisões por consultores certificados
  • Transparência total sobre política editorial

Como Eu Mesmo Me Posiciono Diante o EEAT

Depois de estudar o conceito de E-E-A-T e acompanhar de perto os impactos das últimas atualizações do Google, decidi aplicar essas diretrizes na prática, nos projetos de conteúdo que gerencio.

Trabalhando EEAT em um site de literatura (Os Melhores Livros)

Um dos sites em que atuo é focado em literatura, com resenhas, listas e análises de grandes obras. Desde o início, busquei construir uma voz de autoridade, deixando claro que por trás de cada texto existe alguém com experiência real como leitor. Além disso, sou jornalista formado e criar resenhas de livros é algo comum e tradicionalmente realizado por jornalistas, além de ser a minha paixão pessoal. 

Comecei adicionando mini bios de autor, citando minha experiência como jornalista e curador literário, dos bookgrammers e outros autores que ali escrevem, e também conectando o blog a um canal de YouTube que já ultrapassou a marca de milhões de visualizações. 

Além disso, tenho me esforçado para incluir referências cruzadas com outras fontes confiáveis e trazer análises que vão além da simples reescrita de sinopses. O foco é deixar claro para os leitores que os conteúdos ali são feitos por quem realmente lê e entende de livros.

Exemplo: Os Melhores Livros

Construindo autoridade e experiência em um blog de viagens

Em outro projeto, desta vez no nicho de turismo, o desafio é diferente. Como o blog é mais recente e sou apenas um entusiasta de viagens (não um jornalista especializado em viagens), me adaptar ao EEAT é uma tarefa diferenciada. 

Tenho publicado relatos baseados em viagens que realmente fiz, com fotos próprias, dicas que só quem esteve no local poderia dar, e detalhes práticos como onde fiquei hospedado, como me desloquei e o que faria diferente numa próxima visita. Além disso, comecei a estruturar páginas institucionais como “Sobre Nós” e “Política de Privacidade”, e a adicionar formas de contato visíveis para os leitores. O objetivo aqui é deixar o Google perceber que não se trata de um site genérico de conteúdo automatizado, mas sim de um espaço com relatos de viagem reais.

Exemplo: Viagens Inesquecíveis.

Posicionamento no marketing digital e SEO

Já neste blog que você está lendo, focado em marketing digital, o contexto muda novamente. Nesse caso, meu nome está diretamente associado ao site, e por isso, busquei reforçar a especialização e a autoridade com mais clareza.

Incluí detalhes sobre minha formação, experiência no mercado, cases de sucesso e uma linha editorial que vai além do superficial. Também cito fontes de referência do setor e mantenho o site com uma linguagem mais analítica, voltada a profissionais que buscam insights de quem vive o dia a dia do marketing.

Pontos comuns das estratégias

O ponto em comum entre todos esses projetos? Um esforço constante para demonstrar experiência prática, especialização no tema, autoridade construída ao longo do tempo e confiabilidade editorial e técnica.

Esse processo não aconteceu da noite para o dia. Exigiu uma revisão profunda de conteúdo antigo, implementação de boas práticas técnicas e, principalmente, um compromisso real com a qualidade e a experiência do usuário.

Se tem uma coisa que aprendi é que, no SEO atual, quem se esconde atrás de sites anônimos e conteúdos genéricos está com os dias contados. Mostrar quem você é e o que você realmente sabe virou parte central da estratégia de sobrevivência orgânica.

Exemplos de boas páginas de autor

Se você quer inspiração para criar uma página de autor que melhore o EEAT do seu site, o blog da Digitaloft fez uma lista com exemplos de páginas de autor bem construídas, incluindo sites como:

  • Moz: Inclui histórico profissional, links para redes sociais e outras publicações do autor.
  • Search Engine Journal: Com informações de expertise, áreas de atuação e até depoimentos.
  • Search Engine Land: Perfil completo com histórico editorial e experiências anteriores.

Fonte: Digitaloft – Author Page Examples

As 5 Ações Essenciais Para Melhorar Seu EEAT em 2025

1. Mostre que Você é Real: Transparência e Identidade

Antigamente, era comum ver blogs sem autoria, sem página “Sobre” e sem formas de contato. Hoje, isso pode destruir seu SEO.

O que fazer:
✔️ Inclua uma página “Sobre Nós” detalhada
✔️ Tenha caixas de autor com foto, mini bio e links sociais
✔️ Ofereça múltiplas formas de contato
✔️ Inclua CNPJ (se comercial)

2. Construa Confiança: Seu Site Precisa Inspirar Segurança

Além de conteúdo, o Google olha para elementos de confiabilidade técnica e institucional.

O que fazer:
✔️ Ter Política de Privacidade, Termos de Uso e Política de Afiliados
✔️ Exibir datas de publicação e atualização
✔️ Mostrar depoimentos reais, avaliações externas e links para redes ativas

3. Priorize Qualidade Extrema: Chega de Conteúdo Genérico

O tempo da produção em massa passou. Agora, o Google prioriza profundidade, originalidade e experiência real.

O que fazer:
✔️ Crie conteúdos únicos, com voz própria
✔️ Inclua dados de primeira mão, cases, exemplos e fontes oficiais
✔️ Evite reescrever o que já existe no Google
✔️ Se usar IA, faça curadoria humana real

4. Prove Sua Autoridade e Experiência

O Google quer saber: por que você tem direito de falar sobre o assunto?

O que fazer:
✔️ Tenha bios de autores completas
✔️ Inclua certificações, prêmios ou menções na imprensa
✔️ Mostre provas sociais e resultados concretos
✔️ Conquiste backlinks reais de sites de autoridade

5. Invista em SEO Técnico e Velocidade

User Experience também é um componente indireto de EEAT.

O que fazer:
✔️ Garanta que o site seja rápido, seguro e responsivo
✔️ Use CDN, compressão de imagens e cache
✔️ Corrija erros de rastreamento no Search Console
✔️ Monitore métricas de experiência via Core Web Vitals

EEAT e o Discover: Conexão Direta

Vale lembrar: o EEAT é também um critério-chave para o Google Discover.

O próprio Google diz que o Discover privilegia conteúdos de sites com alta confiabilidade, qualidade editorial, expertise reconhecida e boa experiência de usuário.

Se você quiser aparecer com seus artigos, Web Stories ou listas de tendências no Discover, melhorar o EEAT é essencial.

Conclusão: SEO em 2025 Não é Mais Só Sobre Palavras-chave

O recado do Google é claro: SEO agora é sobre criar valor real para o usuário.

User-first, sempre.

Se o seu site ainda está tentando “enganar o algoritmo”, é questão de tempo até sentir os efeitos.

Hoje, o Google tem uma capacidade cada vez maior de entender o contexto geral do seu site, reconhecer quem você é, analisar o seu histórico de publicações e até avaliar se o seu conteúdo realmente entrega valor para o usuário.

O algoritmo já não lê só palavras-chave e backlinks. Ele consegue identificar padrões de autoria, verificar se você realmente tem autoridade no tema e comparar seu conteúdo com o que já existe de referência no mercado.

Em outras palavras: o Google não vê mais só páginas isoladas… ele enxerga o seu site como um todo.

Se você publica sobre marketing digital num dia, saúde no outro, e depois começa a falar de apostas online sem nenhuma conexão com sua história ou autoridade, o algoritmo vai perceber. Se você usa IA para despejar dezenas de textos rasos, o Google também vai perceber.

O futuro do SEO — e o presente — é sobre construir reputação, credibilidade e demonstrar experiência real. Não basta mais “otimizar o site”. Agora, você precisa provar que merece ser encontrado.

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